Barreiras? Padrões?

Antes de tudo, paradigmas podem ser conceituados de diferentes maneiras. Em suma, depende do que eles representam e de como são capazes de afetar a vida e o desenvolvimento.

Certamente você já deve ter ouvido falar em “quebrar paradigmas” ou “estabelecer um novo paradigma”, não é verdade?

Mas, afinal, o que é um paradigma?

Primeiramente, essa explicação não é tão simples, afinal, paradigmas são algo abstrato. Além disso, podem ter diferentes interpretações dependendo da perspectiva de cada um.

Porém, não é tão difícil compreender! Assim, vou te dar alguns exemplos bem práticos que vão te ajudar a identificar alguns e como eles agem sobre nós, certo?

Se você já viajou de avião, deve lembrar daquele alerta padrão emitido pela equipe de bordo: “lembramos que não é permitido fumar a bordo, inclusive nos toiletes”.

Além disso, acima do assento ainda existem dois sinais luminosos – o de afivelar cintos e o proibido fumar, que permanece sempre aceso.

Agora, em 2021, esta parece uma preocupação excessiva, não é verdade?

Afinal de contas, é muito óbvia a proibição de fumar num ambiente fechado, ainda mais a bordo de um avião.

Porém, ali atrás, nos anos 70 e 80, o hábito de fumar era glamurizado e algumas aeronaves ofertavam cigarros aos passageiros em pleno voo. Nos Estados Unidos, por incrível que pareça, ainda não existia uma proibição total até o ano 2000.

Esse é um exemplo da transformação de um paradigma, amparado por bases científicas – uma vez que os malefícios do tabagismo são comprovados.

Com isso, fomos impactados em nossos hábitos e normas de tal maneira que reproduzir o velho paradigma, hoje, soaria uma total insanidade para além da falta de bom senso.

Conceito de paradigma

Como o exemplo anterior deixa claro, os paradigmas dizem respeito, basicamente, à sistemática que rege a sociedade. Sendo assim, eles são modelos de comportamento, que orientam nossa maneira de pensar e de agir diante das situações.

No campo da ciência, o conceito mais difundido de paradigma vem da obra “A Estrutura das Revoluções Científicas”, do filósofo Thomas Kuhn (1922-1996).

De acordo com ele, paradigma é uma estrutura mental composta por teorias, experiências e métodos, servindo à organização da realidade e seus eventos no pensamento humano.

Outra consideração importante sobre essa abordagem é que o paradigma é compartilhado pelos indivíduos de uma mesma comunidade científica.

Portanto, a partir do momento que um conjunto de crenças, valores e técnicas é validado por todos em um grupo de cientistas, ele se torna um paradigma.

Da mesma forma, na sociedade, a lógica também é essa.

Apesar de uma certa “banalização” do termo, referindo-se a qualquer modelo ou conceito generalizado, os paradigmas estão relacionados a padrões que não são tão simples de serem “quebrados”.

Por isso, quando falamos em superação de paradigmas, é importante ter consciência de que, sim, envolve algo complexo.

Afinal, romper com ideias anteriores pode demandar o desapego de práticas, rotinas ou mesmo crenças que possam ter balizado algum aspecto da sua vida, nem sempre da melhor maneira.

Por isso, é preciso lançar um olhar crítico sobre determinados paradigmas e trabalhar para mudá-los!

Quebrando paradigmas

Até aqui você já compreendeu que os paradigmas só são paradigmas porque são padrões de comportamento com validação coletiva.

Em outras palavras, eles são compartilhados pelas pessoas e tidos como ideais ou aceitáveis.

De maneira coletiva, quando os padrões se tornam obsoletos ou prejudiciais, demandam um esforço social para a transformação.

Da mesma forma, nós também podemos sofrer, de maneira individual, com a sensação de inadequação ou limitações impostas por determinados paradigmas.

Este é o caso das crenças limitantes, que são aqueles parâmetros estabelecidos dentro de nós mesmos.

Tanto quanto nos submetemos a essas crenças, elas têm poder de nos impulsionar a atingir objetivos ou de nos fazer fracassar, às vezes, sem sequer tentarmos!

Ainda não ficou claro?

Então pense nas suas habilidades. Agora, talvez, você não tenha muita certeza sobre o quanto tem um desempenho exímio em alguma coisa.

Porém, certamente você sabe reconhecer aquilo no que não se considera tão bom, não é verdade?

Lembre-se que experiências frustrantes nos convencem de que não somos bons ou capazes de fazer determinada coisa.

Isso cria dentro de nós a crença de uma limitação que, muitas vezes, nos impede de tentar de novo e obter um resultado diferente.

Quer exemplos de situações recheadas de crenças limitantes que já aconteceram comigo?

– Perdi grandes oportunidades por pensar que não merecia ou não tinha potencial para dar conta

– Já passou várias vezes pela minha cabeça que “não nasci para isso ou aquilo” diante de um desafio, mesmo que fosse algo que eu queria muito

– Desistir de última hora de algo que envolvia uma decisão importante

– Duvidar da minha capacidade de fazer alguma coisa

– Insegurança para resolver sozinha determinados problemas

São só alguns exemplos que eu passei durante a minha fase de adolescente para adulta. Sabe quando você quer e, ao mesmo tempo, se sente como se estivesse preso? Eu me sentia presa à minha insegurança e isso me impedia de realizar os meus sonhos.

Você se identificou com algumas dessas situações?

Sabe o que eu fiz?

Procurei ajuda para entender o que eu sentia, por que eu me sentia assim, se era normal ou não e o que eu poderia fazer para equilibrar tudo isso que me incomodava profundamente.

Aprendi avaliar quais eram os paradigmas que dominavam a minha relação comigo mesma.

E quem me guiou para eu encontrar o caminho e romper com essas barreiras impostas por mim mesma foi um coach.

Nesse período, este profissional me direcionou para que eu conseguisse mudar a minha mentalidade com o uso de técnicas que transformaram a maneira que eu enxergava as situações.

Além disso, trabalhamos técnicas para transformar crenças limitantes em crenças propulsoras, que atuassem a meu favor.

Por fim, gostaria de dizer que uma quebra de paradigma foi fundamental para que eu abandonasse uma zona de conforto conhecida e superasse crenças limitantes.

Isso mesmo que você ouviu, “zona de conforto”, mesmo sendo um ponto que me incomodava, eu estava na minha zona de conforto. Eu sabia qual era a dor e já sabia lidar com ela e com as crenças que me limitavam.

O grande passo aqui foi tomar a decisão de “quebrar os paradigmas”, mexer na dor, na ferida e seguir em frente sem ela, de forma leve.

Agora, que tal desenvolvermos juntos a assertividade e a eficácia?

Conheça os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, propostos por Stephen Covey:

1. Seja Proativo

Só depende de você utilizar suas forças para realizar o que você mais deseja. Por isso, ser proativo é assumir a responsabilidade por você mesmo e por recalcular a rota em direção aos seus objetivos.

Então preste atenção nas palavras que você usa e procure aderir à sua maneira, a uma forma mais positiva de lidar com as coisas, sendo mais gentil com você mesmo.

2. Tenha um objetivo em mente

Em primeiro lugar, é importante que você tenha em mente quais são os objetivos e o que pode ser feito para atingi-los. Escolha o maior deles e estabeleça metas. Em segundo lugar, tenha em mente quem você deseja ser, social, pessoal e profissionalmente. Assim, caminhe nessa direção, construindo este perfil passo a passo.

3. Faça o mais importante primeiro

Tenha prioridades. Assim como você exerce diferentes papeis na vida pessoal e profissional, procure equilibrá-los. Portanto, saiba quais são seus objetivos para cada um deles, de maneira que estejam interligados com seus planos de longo prazo.

4. Ganha X ganha

Nem sempre para que alguém ganhe o outro precisa perder. Portanto, a vida pode ter uma lógica de mais cooperação, com negociações mutuamente benéficas e satisfatórias. Isso depende de três pilares: integridade, maturidade e mentalidade da abundância, que diz respeito à consciência de que há muito para todos.

5. Comunicação Empática

Trabalhe a comunicação efetiva, capaz de entender o outro. Quando ambas as partes se colocam em pé de igualdade, o diálogo converge para o mesmo foco. Dessa forma, há mais chances de construir soluções ganha x ganha, minimizando as defesas excessivas e ampliando a capacidade de negociação.

6. Sinergia

Sinergia significa que o todo é mais que a soma de fatores isolados. Em outras palavras, isso diz respeito a uma cultura de trabalho em equipe, capaz de reunir perspectivas diferentes, com empatia e respeito mútuo, buscando a melhor alternativa possível.

Dessa forma, quando as pessoas começam a interagir sem receios e de maneira verdadeiramente aberta à influência do outro, podem agregar uma nova visão e crescer a partir do contato com ideias diferentes.

7.  Autorrenovação

Preze por aprimorar-se em quatro dimensões:

Física, cuidando da sua saúde e cultivando bons hábitos; espiritual, renovando sua conexão com valores e princípios ligados à sua essência e senso de propósito;

Mental, beneficiando-se de atividades como leitura, escrita e planejamento;

Social/emocional, inserindo-se em atividades sociais e aprimorando o relacionamento interpessoal.

Ao final dessa lista, podemos dizer que os hábitos das pessoas altamente eficazes são bastante inspiradores, não é verdade? Definitivamente, são bons caminhos para mudanças profundas em diversas áreas da nossa vida.

Por último, vale lembrar que atingir os seus objetivos passa por investir em uma mudança maior, dentro de você. Isso envolve, portanto, quebrar paradigmas e aprofundar uma jornada que irá te acompanhar para sempre: o autoconhecimento.

Vamos dar o primeiro passo?

Se ficou com dúvidas de como fazer, nós podemos te ajudar!

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Fontes:

BURTON, Kate. Coaching com PNL para leigos. Rio de Janeiro, RJ: Alta Books, 2012.

COVEY, Stephen. “Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes”. Best Seller, 2009.

CATALÃO, João Alberto. PENIM, Ana Teresa. Ferramentas de Coaching. 7˚ Edição, 2013. Lidel – Edições Técnicas, Ltda.

SBCOACHING. Paradigma: O que é, Exemplos, Conceito e Definição. Disponível em: <https://www.sbcoaching.com.br/paradigma/>. Acesso em 27 de abril de 2021.

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