Quando falamos em maturidade, normalmente a associação com a idade é o que costuma ocupar a nossa cabeça. Não é atoa que o termo é frequentemente utilizado como referência à faixa etária a partir dos 50 anos, quando os adultos já não são considerados tão jovens, tampouco idosos.

Pois bem, vamos começar quebrando o primeiro paradigma: maturidade não tem nada a ver com idade.

Sim, sem dúvida as experiências que compõem a nossa bagagem individual podem ser melhor processadas com o tempo, levando a aprendizados e reflexões que contribuem para a maturidade emocional. Mas este processo não precisa, necessariamente, levar uma vida para acontecer!

Quer um exemplo?

Pense na sua família ou em amigos próximos. Possivelmente você conhece alguma pessoa que costuma reagir mal a determinadas circunstâncias. Pessoas que não aceitam ser contrariadas, que “explodem” ou que sofrem por pouca coisa, de modo que essa reação já seja considerada uma característica típica do seu comportamento.

Lembrou de alguém?

Aposto que neste exercício alguns lembraram de pessoas jovens, mas outros associaram esse perfil a algum adulto ou idoso.

Ou seja: a idade é um fator completamente indiferente na seara das emoções e de como lidamos com elas. Por óbvio, quanto antes você descobre que o amadurecimento emocional é um processo consciente e que depende da sua iniciativa para ser trabalhado, você pode acelerar uma jornada que, para alguns, leva toda uma vida e, para outros tantos, sequer chega a se concretizar.

Eu entendo e defendo que maturidade emocional é a porta para autoconhecimento, o desenvolvimento do papel de liderança e a tomada de consciência que te leva ao sucesso, além da realização pessoal e profissional.

Para encontrar o caminho para uma maior qualidade de vida, vamos refletir juntos a respeito dos seguintes passos:

  1. Seja intencional

Em primeiro lugar, desenvolver a maturidade emocional é um processo inteiramente ligado à sua jornada de autoconhecimento que, por sua vez, demanda que você seja intencional. Isto é, não basta esperar que o tempo faça o trabalho sozinho: você precisa querer olhar para si mesmo, aproveite a oportunidade e comece agora.

  1. Preste atenção aos seus erros

Você vai errar. Para muitos, essa é uma verdade difícil de engolir e, se serve de conforto, ela vale para todo mundo. Os seus erros são muito importantes nessa jornada de autoconhecimento, afinal, permitem que você possa observar, de maneira consciente e intencional, como reage diante de falhas e frustrações.

Além de te ensinarem a não cometer os mesmos equívocos, os seus erros têm muito a te mostrar sobre como você deve e não deve agir diante deles. O grande passo é assumir os seus erros e, de uma maneira mais gentil consigo mesmo, usá-los para mudanças positivas.

  1. Mindfulness: mantenha atenção plena sobre você

A mente humana é um turbilhão. Você está no trabalho, de repente a sua cabeça viaja para alguma pendência de ontem, somando aos cinco compromissos agendados para amanhã e a lembrança de que ainda precisa pegar o supermercado aberto… pronto!

Temos uma pessoa tensa e estressada por uma carga que sequer pertencia àquele momento, sim ou não?

Mentira: Porque e com quais objetivos as crianças mentem?É difícil manter o foco no presente, até mesmo para quem pratica meditação, que consiste no objetivo de focar a mente e as sensações experimentadas pelo corpo no presente. Porém, tentar educar a sua consciência para “viver um problema de cada vez” é, sem dúvida, uma lição importantíssima para consolidar a maturidade emocional.

  1. Não reclame: aja

Se você reclama pouco, provavelmente já tem muitos quilômetros rodados na estrada da maturidade emocional. A reclamação é outro hábito inerente à nossa natureza, que pode significar um compilado de coisas que precisam ser resolvidas dentro de nós mesmos e muitas vezes ela já vem junto com a nossa cultura familiar mesmo – sim, se você tem pais ou familiares que costumam, reclamar de tudo, saiba que você tem um grande risco de fazer o mesmo. Observe com mais atenção.

Muitas vezes a reclamação é consequência de um erro que parte de nós mesmos e que não é assumido, ou de uma falha de comunicação que poderia ter sido trabalhada. De toda forma, eu te pergunto: reclamar resolve?

Da próxima vez que sentir insatisfação, que tal ser propositivo e sugerir outra maneira?

Para minha filha de 4 anos eu faço a pergunta: se reclamar resolve? E ela prontamente responde “não mamãe”.

Eu faço a pergunta toda vez que vejo que ela tem dificuldade de lidar com alguma situação e isso faz ela pensar e se habituar a não reclamar.

Com essas quatro dicas, você já pode começar a observar a si próprio com mais atenção, perceber que é possível reconhecer os seus padrões e investir energia para modificá-los.

Desenvolver a sua maturidade emocional não é uma consequência, é uma escolha.

Para Daniel Goleman, “a incapacidade de lidar com as próprias emoções pode destruir vidas e acabar com carreiras promissoras”.

Escolha treinar todos os dias até que você consiga atingir a maturidade emocional. Se você precisar de um apoio, de uma mão para te guiar, estamos aqui. Entre em contato, que temos um especialista para te acolher e te acompanhar nesse caminho, boraaaaa!

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Fontes:

CEBOLLA et al. Mindfulness e Ciência: da tradição à modernidade. Editora Palas Athena (2016).

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. 82 ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.

SUZY, FLEURY. Competência Emocional: o caminho da vitória para equipes de futebol. Editora Gente, 1998.

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