Hoje quero conversar sobre algo bastante particular e de grande influência sobre comportamentos e ações: as nossas crenças.

Ou seja, aqueles paradigmas que regem o modo como pensamos, como nos relacionamos e entendemos o mundo ao nosso redor.

Primeiramente, é importante pontuar que não existem pessoas sem sistemas de crenças.

Isso quer dizer que todos nós estamos submetidos a determinados padrões compartilhados coletivamente e a noções individuais que podem atuar como a nossa concepção de limites.

Gosto e uso muito os ensinamentos que estão no livro “Crenças: caminhos para saúde e o bem-estar”, de Robert Dilts.

Nesta obra ele nos mostra que a mudança é um processo em vários níveis: ambiente em que vivemos, comportamentos, interação com o ambiente; como dirigimos e guiamos nosso comportamento.

Nas minhas mentorias e processos de coaching, trabalho as crenças no sentido de que elas são estruturas importantes do comportamento.

Assim, a importância de crer em algo nos faz ser congruente com essa crença. Por isso, é preciso ter a percepção e o entendimento de que existem várias crenças que tem que estar no seu lugar para se atingir o objetivo desejado.

1 – Uma dessas crenças é a expectativa de algo desejado. Isto é, acreditamos que o objetivo é alcançável.

2 – Outra é a expectativa da autoeficácia, ou seja, acreditar no possível e que se tem o que é preciso para atingir.

3 – Uma interessante é a expectativa da reação. É o que esperamos que aconteça, tanto positiva quanto negativamente, como resultado das atitudes que tomamos em determinada situação.

Se ainda não ficou tão claro, vamos mais além!

Crenças limitantes: por que elas nos fazem mal?

Provavelmente você já ouviu falar nas chamadas “crenças limitantes”, certo? Elas dizem respeito a como percebemos as nossas próprias capacidades, como o quão bom somos em alguma habilidade, por exemplo.

Agora olhe para trás e relembre situações onde você tentou fazer algo pela primeira vez. Então seja honesto: é difícil acertar de primeira, não é verdade?

No oposto do que se costuma imaginar, a maior parte dos grandes gênios da humanidade também não realizou feitos relevantes de primeira. Pelo contrário, o grande atributo que os diferencia da média reside na persistência até chegar ao resultado desejado.

Por outro lado e em outra lógica, nós vivemos tempos acelerados. Assim, a nossa visão imediatista das coisas deseja resultados rápidos e isso não é diferente sobre nós mesmos.

Por isso, quando fracassamos em alguma coisa, temos tendência a pensar que não somos bons naquilo, desistindo do objetivo que motivou a nossa tentativa. A essa percepção de incapacidade nós atribuímos a chamada crença limitante.

Ok, mas isso quer dizer que eu devo cultivar a ilusão de ser bom em tudo?

Claro que não, afinal, o processo de autoconhecimento envolve o reconhecimento das nossas falhas e das nossas limitações.

Porém, como o nome sugere, a crença trata de uma ideia que acaba por impor limites que, muitas vezes, existem apenas na nossa cabeça.

Portanto, o risco de internalizar tais crenças não é você deixar de fazer algo em que não seja bom, mas deixar de fazer algo apenas por acreditar que não consegue.

Sobre isso, vale perguntar para si mesmo: “eu tentei o suficiente?” ou “posso me dar mais uma chance?”.

Virando a chave para mudar as suas crenças

Avançando no problema das crenças que nos limitam, vamos ao antídoto! Afinal, se os problemas estão nas ideias que você alimenta sobre si mesmo, também é ali que moram as soluções!

Primeiro, quero te convidar a refletir na seguinte citação do romancista francês Marcel Proust: “a verdadeira viagem não consiste em sair à procura de novas paisagens, mas em possuir novos olhos”.

Retomando a nossa conversa, uma vez que as suas crenças te paralisam e funcionam como um obstáculo entre você e os seus objetivos, é hora de trabalhar para transformá-las.

VAMOS PRATICAR?!

Para fazer isso, seja específico! Um ótimo primeiro passo é pegar papel e caneta, então, vamos ao exercício!

  1. Identifique qual é o objetivo que você gostaria de realizar
  2. Aponte qual é a crença limitante, ou aquilo que você considera que te torna incapaz de atingi-lo
  3. Depois de reinterpretar a situação, descreva a mudança necessária para superar esse obstáculo. Essa atitude te leva a desenvolver novas crenças, as crenças de mudança!

Outra maneira de reavaliar se a sua percepção de si mesmo está ancorada em alguma crença limitante é conversar.

Às vezes, incorremos no erro de acreditar em coisas ruins que dizem sobre nós, desde “você não nasceu para cozinhar” até “não serve para ser um líder”.

Da mesma forma, a conversa com pessoas da sua confiança e especialistas capacitados, pode te ajudar a identificar que ideias fazem sentido ou não e, a partir daí, trabalhar para desenvolver novas crenças.

Se você chegou até aqui, quero te encorajar a não impedir que ideias equivocadas continuem te impedindo de realizar o que você deseja. Afinal, essa ilusão mora dentro de você, assim como o poder de transformar a sua vida.

Vamos dar juntos o primeiro passo para quebrar paradigmas e desenvolver crenças de mudança?

Lembre-se: “as crenças podem ser crenças de significado, de identidade e de causa, na maioria das vezes são padrões inconscientes, o que dificulta identificá-las”.

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Fontes:

BARRET, Richard. O Novo Paradigma da Liderança. Ed. Qualitymark, 2014.

DILTS, Robert B. Crenças: caminhos para a saúde e o bem estar. Summus Editorial – 7˚ edição, 1993.

SBCOACHING. Crença limitante: o que é, exemplos e como superar? Disponível em: <https://www.sbcoaching.com.br/crenca-limitante/>. Acesso em 5 de maio de 2021.

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